26 de outubro de 2015
Exposição "Livro, objeto precioso"
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Exposição "Livro, objeto precioso"

Por Thiago Cirne

O século XXI é considerado a era da imagem e do som, em sua absoluta qualidade. Praticamente todos os setores da sociedade bebem dessa fonte. No ritmo das mudanças e das novidades do mundo digital, ainda há lugar, contudo, para a contemplação de obras impressas, com ricos ornamentos e primor editorial.

A produção de livros teve dias de excelência material, em uma espécie de “período artístico”. Encadernações luxuosas com lombadas gravadas e cortes em dourado, letras ornamentadas, brasões e vinhetas foram alguns dos elementos que emprestaram ao livro um papel de obra de arte e monumento – e que até hoje fascina leitores, bibliotecários, colecionadores e bibliófilos por todo o mundo.

A mostra “Livro, objeto precioso” destaca alguns exemplares especiais da Biblioteca Marcos Juruena Villela Souto. Itens da coleção de Obras Raras, do acervo particular do jurista Francisco Campos, do casal de intelectuais Octavio Tarquinio e Lucia Miguel Pereira e do Procurador Raymundo Faoro compõem a exposição e sinalizam que, além da atuação intelectual, o gosto pelo colecionismo estava presente na formação de suas bibliotecas pessoais.

Para o analista bibliotecário José Gustavo Corrêa, a biblioteca da Procuradoria não é apenas um espaço para estudos: “Além da enorme importância histórica e documental, a salvaguarda desses itens traz consigo um caráter singular para os acervos da PGE. Isso faz com que as nossas bibliotecas não se transformem apenas em confortáveis áreas de estudo, mas sobretudo que sejam encantadores espaços de contemplação”.

José Gustavo ressalta ainda a reação de muitos usuários que se deparam com exemplares preciosos: “Como bibliotecário, posso observar claramente o fascínio que esse tipo de acervo exerce sobre nossos usuários e visitantes”, analisa.

Entre os livros expostos estão “Septem linguarum calepinus”, de 1752, “Dictionnaire des sciences philosophiques”, de 1885 e “La vita nova”, de Dante, publicado em 1911 com encadernação em pergaminho.

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